Ouça o texto, nesse áudio:
Hoje estou completando quase 90 dias na estrada, e posso garantir que, para mim, o ponto mais alto de tudo o que está acontecendo é a interação que estou tendo com os donos, empresários, proprietários, gerentes ou como você quiser chamá-los. Sim, essas pessoas são incríveis.

Cada um tem sua particularidade e forma de trabalhar. Existem empresários muito atentos às tecnologias, sempre à frente do mercado, enquanto outros parecem parados no tempo, aguardando que algo aconteça para impulsionar seus negócios.
Empresários que têm apenas um negócio são mais focados, enquanto outros que conheci têm várias fontes de receita. Alguns reclamam dos brasileiros, enxergando aspectos negativos, enquanto outros amam os brasileiros e todos os que chegam.
Alguns são muito organizados, enquanto outros são uma verdadeira bagunça e não sabem nem as senhas de acesso ao Instagram. É interessante observar como cada um vive e sobrevive no nosso mercado brasileiro.
Algumas empresas estão apenas sobrevivendo, pois os custos são altos e a conta não fecha. A matemática pode ser cruel e pode levar ao sucesso ou ao fracasso, dependendo da forma como cada empresário encara as situações.
Alguns gestores têm um status elevado, mas trabalham muito com o sentimento, o que pode atrapalhar o desenvolvimento da empresa, tornando as coisas pessoais e prejudicando o negócio. Isso é como um câncer, uma praga que se contagia e acaba travando a empresa por conta de atitudes prejudiciais ao negócio. Ao invés de sentar e organizar, cada um trabalha de forma diferente e ninguém está no mesmo trilho. Isso é inviável para o negócio e a conta um dia virá, e será cara, com clientes insatisfeitos e queda nos resultados, quando menos se espera.
Meu papel é observar tudo isso, conversar com os empresários e mostrar minha visão. Querer que eles façam exatamente como eu vejo é impossível, querer que eles pensem como eu penso também é impossível. Mas expressar minha visão e dar minha opinião acho relevante, quando eles estão dispostos a ouvir. Mas quando não querem, tudo bem, faz parte. Eu também não sou perfeito e estou aqui de passagem, logo estarei em outra empresa e tudo recomeça novamente.
Mas o termômetro é o cliente, sim, ele é o cara que diz para onde o negócio está indo. Eu sou apenas um empresário conhecendo o mundo e outros empresários, buscando referências de um e de outro para levar adiante e ajudar outros.
Alguns amam conversar, bater um papo, colocar em prática tudo o que falo, mas no dia seguinte, tudo o que foi colocado em prática é derrubado, como um castelo de areia. Mas, nesse ponto, não trabalho com o sentimento para que isso não me atinja. Tudo bem, fiz um monte de coisas que para mim são super relevantes, mas para ele, que analisou tudo, talvez não tenha sido o castelo perfeito, então desmonta tudo e está tudo bem.
Estou aqui para trocar conhecimento, e não tenho o poder, nem sou o dono, e nem é o meu dinheiro que está sendo investido nisso. Ok, é o meu tempo, mas isso já foi negociado, e da minha parte está ok. Sou racional na parte de aceitar que nem tudo o que estou expondo é interessante para o empresário, e que, se eu for levar para o meu lado pessoal e sentir que tudo o que faço precisa ser compreendido, estou lascado, não conseguiria nem dormir, pelo fato de que nem tudo que faço é compreendido.
Mas o que me enriquece é o conhecimento de poder estar tão próximo dessas pessoas, independente de como cada um trabalha. Eles são vencedores, eles já têm o espaço deles. Conhecer cada particularidade, cada pessoa e seu lado profissional é enriquecedor, muito mais do que fazer um passeio.
Isso é muito bom. E a intenção aqui não é expor ninguém ou acusar ninguém de estar seguindo o caminho correto ou errado. É apenas expressar minha visão do quanto está sendo rico conhecer essas pessoas.
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